Homenagem aos Heróis que salvaram a nossa Escola dos incêndios, em agosto de 2016.
No passado dia 9 de agosto de 2017, data do primeiro aniversário dos grandes incêndios de agosto de 2016, que lavraram na Ilha da Madeira, mais em particular na cidade do Funchal, e que ameaçaram gravemente a Escola da APEL, foi inaugurado um Mural, que honra aqueles que, deixando as suas famílias e a sua segurança pessoal, não abandonaram a Escola, lutando para que esta não fosse consumida pelas chamas.
Nesse dia 9 de agosto de 2016, de manhã cedo, alertado por telemóvel de que as chamas se aproximavam perigosamente pelo Caminho dos Saltos, o P. Fernando Gonçalves correu para a Escola, juntando-se a ele, pouco depois, o Sr. Rogério Fernandes, onde permaneceram ambos de prevenção. Mas foi só ao fim da tarde e durante a noite desse dia que o problema se agudizou, determinando a presença providencial de Funcionários e Amigos, os quais, valentemente e em luta contra o fogo, salvaram a Escola. Digna de registo foi a corajosa intervenção do Dr. José Vieira, Diretor Administrativo e Financeiro da APEL; dos Funcionários, Andrei Veste, Bruno Jesus, Carlos Freitas, Maurício Gonçalves, Nélio Vieira e Rogério Fernandes; e, também, dos Amigos, Eng. Fábio César Pestana e Srs. Rui Filipe Gonçalves e José Bruno Aguiar. Para eles, a Direção da Escola, já em 2016, tinha endereçado um voto de louvor e apreço, como registado na ata de Direção, número 24, de 26 de agosto de 2016, lida pelo Prof. Gonçalo Faria, Diretor Pedagógico da Escola, no início desta cerimónia.
Uma reflexão despretensiosa, mas, talvez, pertinente…
(Antes de ler o que agora se segue, convém visitar, neste site, dois artigos anteriores, publicados, respetivamente, a 30 de junho e a 03 de agosto).
2. Memórias de infância que ainda interpelam o presente!
Curiosamente, quanto a incêndios, as minhas memórias de infância não conseguem chegar a propriedades agrícolas ou a áreas florestais ardidas. Consigo, apenas e só, recuperar da penumbra das minhas recordações, as notícias sobre duas igrejas que arderam - a de Gaula e a do Faial -, se não erro, por ocasião de Festas religiosas, deixando grande consternação entre os fiéis e muitos “porquês?” em muito boa gente. Por isso, sou levado a concluir que esta eventual “falha de memória” indicia que não havia incêndios como os de agora, nem tão numerosos nem tão desastrosos… E, porquê? Vou deixar, por agora, esta pergunta no ar e vou deixar, também, sem comentários, uma notícia que há dias ouvi na rádio, enquanto conduzia, que as despesas em milhões com a prevenção custam cerca de dez vezes menos do que as despesas que há que enfrentar na sequência de catástrofes…, as quais ainda deixam um cortejo imenso de sofrimento e destruição, impossível de avaliar e ultrapassar com os cifrões!... Verdade?! Não sou economista para me pronunciar sobre contas, mas possuo discernimento capaz de perceber e aceitar a segunda parte da afirmação. Mas, voltando às memorias, a verdade é que, cada vez que me vejo confrontado com desgraças “naturais”, como as da Madeira, em 2010, 2013 e 2016; e, no Continente, em 2017, não consigo esquecer a manhã do dia 3 de novembro de 1956. Era eu uma criança, mas as lembranças ainda estão vivas, pelo que posso referir-me, com algum realismo ao que vi, ouvi, vivi e sofri… Por volta das 10,30 hs, uma tromba de água abatera-se, supostamente entre o Santo da Serra e a Portela, e, escorregando daí para baixo, inundou violentamente Santa Cruz (a minha freguesia), Água de Pena, Machico e Porto da Cruz, deixando, sobretudo junto aos ribeiros e ribeiras, destruídas muitas estradas, pontes e algumas casas; terrenos de cultivo completamente arrasados; animais arrastados para o mar; e… três mortos e vários feridos, em Machico. Creio que tudo isto terá sido noticiado, nos meios de comunicação da nossa terra. Agora, do mais fundo dessas recordações infantis, ainda me voltam aos ouvidos (de modo virtual, mas não menos intenso…), o ribombar pavoroso do trovão, que precedeu a chuvada torrencial, o rumor ensurdecedor das águas tumultuosas que arrastavam pedregulhos enormes, que iam derrubando tudo o que encontravam ao longo do percurso, descansando apenas lá no fundo das gargantas apertadas de ribeiros e ribeiras, obrigando-as a alargarem-se para acamarem o entulho, feito de pedras, árvores e outros objetos, arrastados na voragem. Depois, passada a tormenta e estancado o enorme mar de água na baixa de Santa Cruz (refiro-me ao que os meus olhos incrédulos de criança observaram, após a tormenta…), só havia a nojenta lama, que tinha ido pela igreja dentro, que tinha invadido quintais, habitações e lojas de comércio, e que havia emporcalhado jardins, ruas, passeios e caminhos da minha querida vila (hoje, cidade!). Um caos!
Uma reflexão despretensiosa, mas, talvez, pertinente…
(Antes de ler o que agora se segue, convém visitar, neste site, o artigo anterior, publicado a 30 de junho).
1. Sobre incêndios e desgraças, mais ou menos naturais!
Tínhamos acabado de comentar, um colega e eu, as possíveis razões dos tristes incêndios que, recentemente, assolaram uma região que conhecia bem e que muito apreciava pela sua beleza natural e pelos desenvolvimentos turísticos destes últimos anos. E dizíamos, concordes, que muito (ou quase tudo!?) se resolveria com adequadas ações de prevenção, coisas muito badaladas nos últimos anos, mas quase sem consequências práticas: cadastro predial; ordenamento do território e da floresta; disciplina em termos de licenças de construção; limpeza de ribeiras e de linhas de água; erradicação das nossas matas de árvores e plantas infestantes e exógenas, sobretudo se amigas do fogo; limpeza atempada de terrenos, vigilância de matas e florestas; abertura de caminhos e estradas de penetração; linhas de corta-fogo; construção de poços e balsas com reservas de água em lugares estratégicos; formação não só de técnicos mas também das pessoas, sobretudo se habitam em lugares de maior risco de catástrofe; distribuição pela população de adequados meios de combate aos sinistros; penalização exemplar de quem não cumpre e/ou de quem prevarica e, mais ainda, de quem promove incêndios… E, a respeito de penalização exemplar, o meu colega é mesmo perentório: “É preciso castigar tanto quem pega o lume, como quem o incentiva e, se calhar, até paga para tirar daí inconfessáveis dividendos. E com penas pesadas, entre outras e, para além da prisão, obrigando a limpar matas e a plantar novas árvores”. E, com isto, até estou essencialmente de acordo.
No dia 21 de julho, comemorámos o 39º Aniversário da Fundação da Escola da APEL, numa sessão que decorreu no Auditório Padre Mário Casagrande, a partir das 18HS30.
Na abertura da sessão, o P. Fernando Gonçalves, Diretor Geral, fez uma breve evocação dos inícios da Escola Complementar do Til, hoje, Escola da APEL, lembrando as instituições fundadoras e as pessoas que mais se empenharam no projeto (cfr. “UMA ESCOLA COM CORAÇÃO…” 1 e 2, neste site). Seguiram-se dois significativos momentos. No primeiro, foram entregues Certidões de MBA em Gestão de Negócios Internacionais, a 16 Diplomados, tendo presidido a este ato, a Prof.ª Dr.ª Celina Luís, Diretora Executiva da Autónoma Academy (UAL), com quem a Escola da APEL mantém uma parceria muito positiva há vários anos. Num segundo momento, já sob a batuta do Dr. Gonçalo Faria, Diretor Pedagógico, prestou-se homenagem aos alunos que se distinguiram com resultados de excelência nos exames nacionais (18, 19 e 20 valores), ou que conseguiram, nesses exames, um melhor resultado do que na respetiva avaliação interna. No total, a Escola homenageou 58 alunos, o que indica que a prestação dos alunos deve considerar-se muito boa. Foram vários os patrocinadores que apoiaram a Escola na atribuição dos valores monetários concedidos, nomeadamente: a ACIN-iCloud Solutions, a ANA Aeroportos de Portugal, a CasteloGest-Gestão de Condomínios, a Câmara Municipal do Funchal, o Grupo Sousa-Empresa de Navegação, o ITAU-Instituto Técnico de Alimentação Humana, a Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, a SDM–Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, e o Supermercado Regional. Encerrou a sessão o Dr. José Vieira, Diretor Administrativo e Financeiro da APEL e um dos agora Diplomados em Gestão de Negócios Internacionais. Em nome da Direção, agradeceu a todos: aos Alunos, Docentes, Funcionários, Pais e Encarregados de Educação, pelo seu empenho que se concretizou nos bons resultados obtidos; à UAL, a colaboração leal e dedicada na formação avançada, nomeadamente no MBA de Gestão de Negócios Internacionais; e aos patrocinadores, a disponibilidade para apoiar os prémios. Ao sair do Auditório, fomos até à Cantina, onde cantámos os “Parabéns” à Escola, à volta de comes-e-bebes e de um lindo bolo, oferecido para esta ocasião pelos Srs. António e Serena Barreto, Pais do nosso Aluno, Francisco Barreto, e donos da Pastelaria “Doce Satisfação”, sita em Santa Cruz: a eles, um grande obrigado de todo o coração. E, assim, festejámos condignamente o aniversário da Escola da APEL, que entra, desde agora, na “ternura dos quarenta”!..
As crianças são, por natureza, muito afeiçoadas aos avós e compreendem coisas que só os avós podem explicar com a sua vida, com o seu comportamento. Esta cultura do descarte diz: “Tu és velho, sai que já não serves”. Tu és velho, sim, mas tens tantas coisas para nos dizer, para contar, de história, de cultura, da vida, dos valores... Não se deve permitir que continue esta cultura do descarte, mas que haja sempre uma cultura inclusiva.
A Associação dos Antigos Alunos da Escola da APEL convida os órgãos de Comunicação Social, assim como todos os interessados, a estarem presentes da Apresentação Pública da 'TEDx-Funchal', que terá lugar nesta quarta-feira, pelas 18h30, no Nini Design Center.