Quem diria?!...
Há uns anos atrás, levava o maior tombo da minha vida, com o diagnóstico da minha filha e, hoje, encontro-me num dos momentos de maior orgulho… Aliás, foram muitos os motivos do meu orgulho, desde o falar ao ler e escrever, que foram sempre os meus objetivos, e eis que chegámos ao fim do 12º ano!
Ainda parece que foi ontem que começámos na Escola da APEL, eu, cheia de incógnitas, receios, tão apreensiva.
E, hoje, olhando para trás, vejo na APEL o lugar, onde a minha filha foi acolhida, querida, cuidada, ensinada! Foi realmente como um 2º lar, já que foi nesta Escola, onde ela passou a maior parte do seu tempo.
Foi aí que encontrámos profissionais de alma cheia e com vontade de ensinar e cuidar, mesmo que isso implicasse um grande desafio.
Sentia-me tão feliz, quando, ao encontrar-me com a Direção ou com os Professores, e eles me diziam: “Não é fácil, mas vamos conseguir!” E que emoção sinto eu agora, ao fim de três anos, ao ouvi-los dizer: “Não foi fácil, mas conseguimos!” Só eu sabia e sei o quão difícil era e, por isso, estou-lhes eternamente grata! (abaixo: autorretrato da Aluna).

- Ficha ENES: Solicitado nos serviços administrativos da escola.
- Informação sobre consulta e reapreciação de provas e Inscrição 2ª fase.

A Escola da APEL é a 2ª CLASSIFICADA, a nível nacional, no desafio da ABAE, promovido pelo Programa Eco-Escolas: “Na minha casa, não desperdiçamos!” (3º escalão - ensino secundário, profissional e superior)!

MUITOS PARABÉNS, à professora Cristina Horta, Coordenadora do Eco-Escolas, e aos nossos Alunos do 10º Ano - Ângelo Lourenço, Ana Isabel, Luísa Barreto, Inês Rodrigues e Joana Ferreira - , pelo excelente trabalho que desenvolveram e que levou à atribuição deste prémio.

Um MUITO OBRIGADO, também, à professora Carla Freire, coordenadora do Projeto Cidadania, por ter colaborado com o Eco-Escolas neste desafio. O seu apoio na orientação do trabalho dos alunos, que decorreu nas aulas de Cidadania, foi muito importante, especialmente porque o trabalho foi realizado já em altura de confinamento.

O desafio, “Na minha casa, não desperdiçamos!”, fez parte do projeto da ABAE, “Alimentação Saudável e Sustentável”, e consistiu em os alunos contabilizarem, ao longo de três dias, o desperdício alimentar nas suas casas, durante a preparação e confeção dos alimentos e após as refeições. Depois, os alunos tiveram de sugerir uma receita para reaproveitamento dos alimentos desperdiçados e uma receita para reaproveitamento de sobras das refeições.

Os prémios referentes a este concurso serão atribuídos em Outubro.

Mais informações sobre os premiados deste desafio podem ser conhecidos em:

https://alimentacaosaudavelesustentavel.abae.pt/desafios-2019-2020/premiados/

"Os nossos avós merecem uma referência especial, hoje, Festa de Santa Ana e de São Joaquim (Avós de Jesus), dia que lhe é dedicado".

MINHA AVÓ QUERIDA,
MEU AVÔ, MEU SANTO!

Vós que, em minha vida, sois o meu encanto,
Minha avó querida, meu avô, meu santo:
Sinto os vossos beijos, cheios de ternuras,
Sigo os bons conselhos, nada de loucuras,
Passos dou seguros, longe de maus caminhos,
Quero-os bons e puros, mesmo com espinhos!

Nessas vossas rugas, nos cabelos brancos,
Vejo muitas lutas, sofrimentos, tantos…
Mas, nos olhos, leio alma bem serena:
Houve vida em cheio, que valeu a pena!
Dais-me confiança, p´ra enfrentar a vida,
Sinto-me criança, junto à mãe querida!

Vossa vida foge, mas em mim se espelha,
Continua hoje, viva, qual centelha!
Meu melhor presente, como bem pensastes,
É viver p’ra sempre tudo o que ensinastes:
No trabalho, amando; ao irmão, servindo;
Pelo bem, lutando; e, na dor, sorrindo!

F. Gonçalves
Coimbra, julho de 1980.

Chamo-me Dília Andrade e tenho três filhos, um de vinte e três anos, uma de vinte e dois, e outra, com catorze. O mais velho frequentou a Escola da APEL, a do meio concluiu agora, nessa Escola, o 12º ano, e a mais nova acaba de passar para o 11º ano, também na APEL.
Todos os pais têm sonhos e querem o melhor para os seus filhos. O meu desejo era e é que todos os meus filhos completassem o 12º ano e, a partir daí, escolhessem o que mais os fizesse felizes, sempre com a orientação dos pais. Mas a vida lança-nos desafios que nem sempre esperamos e os caminhos a percorrer nem sempre se enquadram naqueles objetivos e sonhos que tínhamos.
No caso de uma das minhas filhas, a do meio, apercebemo-nos de que tinha dificuldades de aprendizagem. Todos diziam que, devido a estas dificuldades, ela não poderia fazer o secundário (currículo regular), porque seria muito difícil e abstrato. Por esse motivo, procurei alternativas, mas, em nenhum lado, encontrei resposta que se enquadrasse no seu perfil. Também por esse motivo, ela não frequentou qualquer estabelecimento de ensino durante três anos. Mas a minha filha e eu não desistimos, até porque ela tinha o sonho de ser finalista e eu, como mãe, não podia deixar de a motivar e apoiar.
Até que, um dia, abordei o assunto com a Direção da Escola da APEL (Padre Fernando, Dr. José Vieira, Dr. Gonçalo Faria). Depois de alguma ponderação, a Escola decidiu aceitar a minha filha na Área das Artes. Todos nós sabíamos que não ia ser fácil, mas o apoio que lhe foi dado pela família, pela Direção e pelos professores da Escola, foi fantástico e incansável. Ninguém baixou os braços e, no apoio e comunicação diários, a minha filha foi capaz de desabrochar, acabando por completar o 12ºano, precisamente agora.
Na Escola da APEL, a minha filha nunca foi um número, porque sempre lhe foi incutida a ideia de que tinha capacidades bastantes para vencer obstáculos e para realizar os seus sonhos. Aliás, pelo que tenho podido experimentar, é este o registo normal desta instituição, onde se vive um clima de proximidade, de família, de entreajuda, em que ninguém se sente só nem é deixado pelo caminho.
Agradeço à Direção da Escola, aos professores, a todos, mas, especialmente, à Professora Andreia Barros (Ensino Especial), ao Professor Filipe António (Diretor de Turma), ao pessoal não docente e aos alunos, seus colegas, pelo cuidado e carinho que sempre demonstraram.
Muito obrigada!
Dília Andrade.