Uma reflexão despretensiosa, mas, talvez, pertinente…
(Antes de ler o que agora se segue, convém visitar, neste site, o artigo anterior, publicado a 30 de junho).
1. Sobre incêndios e desgraças, mais ou menos naturais!
Tínhamos acabado de comentar, um colega e eu, as possíveis razões dos tristes incêndios que, recentemente, assolaram uma região que conhecia bem e que muito apreciava pela sua beleza natural e pelos desenvolvimentos turísticos destes últimos anos. E dizíamos, concordes, que muito (ou quase tudo!?) se resolveria com adequadas ações de prevenção, coisas muito badaladas nos últimos anos, mas quase sem consequências práticas: cadastro predial; ordenamento do território e da floresta; disciplina em termos de licenças de construção; limpeza de ribeiras e de linhas de água; erradicação das nossas matas de árvores e plantas infestantes e exógenas, sobretudo se amigas do fogo; limpeza atempada de terrenos, vigilância de matas e florestas; abertura de caminhos e estradas de penetração; linhas de corta-fogo; construção de poços e balsas com reservas de água em lugares estratégicos; formação não só de técnicos mas também das pessoas, sobretudo se habitam em lugares de maior risco de catástrofe; distribuição pela população de adequados meios de combate aos sinistros; penalização exemplar de quem não cumpre e/ou de quem prevarica e, mais ainda, de quem promove incêndios…
E, a respeito de penalização exemplar, o meu colega é mesmo perentório: “É preciso castigar tanto quem pega o lume, como quem o incentiva e, se calhar, até paga para tirar daí inconfessáveis dividendos. E com penas pesadas, entre outras e, para além da prisão, obrigando a limpar matas e a plantar novas árvores”.
E, com isto, até estou essencialmente de acordo.